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RESENHA: Aos Dezessete Anos (Dellaira, Ava)

  • Foto do escritor: Laura Machado
    Laura Machado
  • 24 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Sinopse:

Em seu novo romance arrebatador, a autora de Cartas de amor aos mortos apresenta uma mãe e uma filha que precisam compreender o passado para poder seguir em frente. Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer. Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.


O QUE EU ACHEI:


Pare o que está fazendo agora e vá colocar este livro na sua lista de desejados, no carrinho da Amazon, na sua estante. Esse livro parece ser uma história adolescente, contemporânea, sobre a Angie buscando a verdade do seu pai, mas é muito mais que isso, muito mais do que conseguiriam colocar em uma sinopse. Eu tenho três críticas para fazer para o livro, é verdade, mas prefiro começar falando sobre como foi interessante ver as duas histórias juntas, da Angie e da mãe dela, Marilyn, mesmo que a da Marilyn tenha sido a melhor das duas. Além disso, a autora sabe muito bem o que está fazendo na hora de desenvolver seus personagens com complexidade e sensibilidade. Fiquei impressionada desde o começo com isso, mas ficou cada vez melhor. Como se a ideia da história e seu desenvolvimento não fossem o suficiente, a autora ainda escreve super bem e bonito. O livro tem muitas frases lindas, dignas de tatuar no braço e levar para o resto da vida.


Minhas duas primeiras críticas não são exatamente críticas. A primeira é para a narrativa que a autora escolheu para a maior parte da história. Ela segue duas protagonistas, Angie e Marilyn, mas flui entre umas três ou mais linhas temporais de cada no começo, de um jeito que vai deixar muita gente confusa. Eu consegui acompanhar, mas confesso que cheguei a ficar um pouco incomodada. Preferia que a autora tivesse separado tudo um pouco mais certinho, ainda que fizesse essa mudança entre os tempos, que não fosse tão constante e confusa. A segunda crítica não crítica é para a quantidade de detalhes que ela coloca em tudo, explicando coisas não tão pertinentes, pessoas do outro lado da rua, todas as comidas que aparecem em cena, roupas, marcas, lugares, músicas. É bem bacana até na primeira metade, mas tenho que admitir que comecei a não absorver tanto cada um desses detalhes depois de um tempo. Tive que me obrigar a prestar atenção neles. E minha última crítica, que ainda é tão pequena que nem fez muita diferença na minha nota e não diminuiu meu amor pelo livro e por sua história, é para o final. Achei, aliás, o clímax do livro incrível. Me surpreendeu e me emocionou mais do que eu esperava. Mas, a partir de certo ponto, os personagens entram em um ritmo de diálogos meio epífanes que ficou forçado e deslocado. Do nada, eles perceberam coisas que nunca souberem e as declararam com parágrafos que deixaram a desejar em naturalidade.


Mas não leve nada que falei a mal. Eu tenho uma necessidade de mencionar minhas críticas, mesmo quando ainda ache que o livro merece cinco estrelas, um lugar na minha lista de favoritos e na lista de leituras de todo mundo. Leia este livro, deixe que ele mude seu jeito de ver a vida, deixe que ele mude seu mundo. Ele parece leve, bobo, um passatempo, mas tem muito conteúdo e vai te fazer sentir como se estivesse se apaixonando, se perdendo e caindo na real ao mesmo tempo, o que é péssimo e absolutamente maravilhoso. Agora vai lá comprar o livro e ler, vai.

 
 
 

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