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RESENHA: The Bone Witch (Chupeco, Rin)

  • Foto do escritor: Laura Machado
    Laura Machado
  • 12 de set. de 2019
  • 4 min de leitura

Sinopse:

Let me be clear: I never intended to raise my brother from his grave, though he may claim otherwise. If there's anything I've learned from him in the years since, it's that the dead hide truths as well as the living. When Tea accidentally resurrects her brother from the dead, she learns she is different from the other witches in her family. Her gift for necromancy means that she's a bone witch, a title that makes her feared and ostracized by her community. But Tea finds solace and guidance with an older, wiser bone witch, who takes Tea and her brother to another land for training. In her new home, Tea puts all her energy into becoming an asha―one who can wield elemental magic. But dark forces are approaching quickly, and in the face of danger, Tea will have to overcome her obstacles...and make a powerful choice.


O QUE EU ACHEI:


Parece que eu estou sempre procurando livros sobre bruxas e nunca encontro um que realmente me agrada. The Bone Witch, apesar de ter sido realmente muito bom e muito inteligente, não é exatamente um livro de bruxaria de verdade. Alguns elementos de bruxaria aparecem, mas são bastante simbólicos. Se é isso que você está procurando, não vai encontrar aqui, o que não significa que você não deveria ler este livro mesmo assim.


Aliás, nunca vi uma sinopse tão vaga comparada à profundidade da história de verdade. Entendo que é necessário deixar muita coisa a ser descoberta durante o livro, mas poderiam ter dado um pouco mais de indiretas sobre o universo do livro. Eu achava que o mundo seria bastante parecido com o nosso, mas ele foi bem peculiar - e muito bem criado, cheio de detalhes, culturas e características únicas. Achava que seria de bruxaria, mas acabou sendo mais uma alta fantasia sobre pessoas com poderes chamadas de asha do que qualquer coisa que chegasse perto do que mulheres foram acusadas de fazer séculos atrás antes de acabarem em uma fogueira. Por último, sabia que o livro teria um arco parecido com jornada de herói, mas não tinha ideia das responsabilidades de uma bruxa como a Tea, o que poderia ter feito com que eu ficasse ainda mais interessada pelo livro antes de ler. Nenhuma dessas coisas são realmente defeitos, mas é bem importante dar a ideia certa do que o livro fala para o leitor certo ler. Pode ser que muitos fãs de altas fantasias estejam se mantendo longe dele por não saber que é desse gênero especificamente, além de que criar expectativas inconsistentes em alguém costuma ser sempre a receita para a decepção. Seria um tanto triste pensar em alguém não apreciando a beleza desse livro só porque esperou algo diferente. Eu tenho duas críticas mais específicas para o livro. A primeira é a mais inofensiva. A escrita do livro é bem bonita, mais lírica no começo do que no final, e eu gostei muito do jeito que os capítulos se intercalavam entre antes e depois, explicando o porquê da história ser contada. Mas não posso negar que o ritmo do livro deixou um pouco a desejar, se arrastando em algumas partes mais próximas do começo. O final é bem mais emocionante, mas aí estou falando das últimas cinquenta páginas, e o meio não é tão arrastado, mas poderia ter entretido mais. Para alguém que demora mais para ler, o livro pode parecer não ir para a frente, mesmo com seus capítulos curtos. A segunda crítica é uma que eu percebi só depois de terminar. A protagonista, Tea, apesar de não ter nada claramente indesejável nela, não é muito marcante nos capítulos de 'antes'. Muitas vezes, foi estranho conectar a garota que ainda estava se desenvolvendo com a que se tornou (que aparecia nos capítulos de 'depois'). Eu gostaria de ter visto uma semente mais clara e natural nela antes, para explicar como ela virou o depois. Aliás, sem o depois, ela é bastante genérica e poderia ter tido muito mais personalidade. A criação do mundo, em compensação, foi uma das melhores partes do livro. Algumas vezes, cheguei a ficar um pouco perdida, admito, já que foi bastante informação - como costuma ser em um primeiro livro da série. Mas em nenhum momento senti que eram infodumps e nem me fez perder o interesse pela história, como já aconteceu com outros livros do mesmo gênero.


Outro detalhe interessante foi a presença de tantas personagens mulheres na história com personalidades tão diferentes. Sempre apoio livros assim, já que a maioria dos autores acha que uma única personagem feminina relevante é o suficiente - ou parece achar, já que os livros acabam quase sempre sendo assim. Aliás, não existe qualquer romance nesse livro, se você pensar bem. Existe uma ameaça de romance e uma dica do que está por vir (que não é difícil de adivinhar, se você esperar a mesma inteligência da autora nessa questão), mas essa história se estabelece sem isso por enquanto. Honestamente, a melhor parte do livro foi a inteligência da autora de criar mesmo tantos detalhes e os amarrar tão bem, de criar reviravoltas tão inesperadas e aproveitar da profundidade de toda a sua criação durante a história. Esse ainda é o primeiro livro e a leitura prova isso, já que é só o primeiro passo de uma história maior, mas não tem como negar que o final mostra que ainda tem muita coisa incrível vindo por aí.

 
 
 

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