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RESENHA: O Jogo do Amor/Ódio (Thorne, Sally)

  • Foto do escritor: Laura Machado
    Laura Machado
  • 3 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Sinopse:

O Sally Thorne surge na cena literária apresentando um ambiente de trabalho hilário e sensual em uma comédia sobre aquela conhecida linhazinha tênue entre o amor e o ódio. Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora. Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.


O QUE EU ACHEI:


Antes de mais nada, acho bom deixar claro que eu não costumo ser muito fã de livros New Adult, então, se você é, provavelmente vai gostar muito mais desse livro do que eu. Nem posso dizer que não gostei, já que ele foi bem divertido do começo e cheguei a ler durante bastante tempo sem nem pensar no número de páginas, o que raramente acontece para mim. Mas, infelizmente, alguns detalhes da história me decepcionaram um pouco e tem pelo menos um defeito grande nesse livro que me impediu de dar mais do que essa nota.


O romance do livro é muito bem feito. Ainda que eu tenha percebido milhares de detalhes típicos de New Adult que costumam me fazer revirar os olhos, eles pareceram bastante naturais aqui, e eu leria outro livro da autora no mesmo gênero, mesmo não sendo dos meus favoritos, só como um passatempo. Achei a interação dos personagens bem bacana e, no começo, estava sim torcendo para os dois ficarem juntos. Mas tenho críticas para o romance. Na minha opinião, eles tiveram a primeira interação realmente romântica rápida demais. O desenvolvimento do romance depois daí foi bem feito, mas ainda preferia ter sentido um pouco de ódio pelo Joshua antes, só para esse sentimento ficar mais crível. Do jeito que está, dá para ver que é só birra. Minha segunda crítica para o romance é um pouco mais grave. Na sua maioria, Joshua foi extremamente interessante (e super me lembrou um ex, o que me fez gostar mais dele, vou admitir), mas ele teve algumas pequenas e sutis atitudes que foram controladoras e protetoras demais na minha opinião. Esse relacionamento chegou bem perto de ser tóxico. Nunca cruza mesmo a linha, por isso também estou disposta a dar outra chance para a autora, mas não é do tipo de coisa com a qual eu me sentiria confortável e nem posso dizer que cheguei a me envolver nesse romance por isso. Mas a pior coisa do livro, o verdadeiro defeito imperdoável, é a falta de enredo. Não existe enredo aqui, sinto muito. E, não, uma coleção de cenas não é enredo. Isso me deu raiva, na verdade, só no final. Durante todo o livro, eu já estava incomodada com as várias cenas românticas que duravam trinta, quarenta páginas cada sem grandes mudanças, mas só fiquei realmente irritada quando percebi que até a mínima sombra de enredo que era teoricamente a direção da história (e está na sinopse) acaba sem resolução e sem acontecer! Isso foi realmente revoltante e imperdoável! Depois de eu ter passado por tanta cena só de construção do relacionamento, a única coisa que podia criar um clímax diferente ali ainda é esquecida como se não significasse nada.


Também detestei que as pequenas reviravoltas que apareceram foram completamente previsíveis, nada interessantes e não serviram para compensar a falta de enredo do livro. Já disse que fiquei um pouco revoltada? Às vezes, você gosta de livro que não tem muita história ou enredo, só romance mesmo. Eu, até esse livro, achava que era uma das pessoas que ama romance e nem se importa com o resto. Na minha opinião, romance não precisa ser só um detalhe no plano de fundo. Pode até estar em primeiro plano, só não pode ser a única coisa acontecendo e se desenvolvendo pelo livro. Por isso dei nota três. O livro diverte, mas deixa a desejar. Mas, vai saber. Não é como se eu fosse muito fã do gênero New Adult mesmo.

 
 
 

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