RESENHA: The Falconer (May, Elizabeth)
- Laura Machado
- 18 de ago. de 2019
- 4 min de leitura
Sinopse:
Lady Aileana Kameron, the only daughter of the Marquess of Douglas, was destined for a life carefully planned around Edinburgh's social events - right up until a faery killed her mother. Now it's the 1844 winter season and Aileana slaughters faeries in secret, in between the endless round of parties, tea and balls. Armed with modified percussion pistols and explosives, she sheds her aristocratic facade every night to go hunting. She's determined to track down the faery who murdered her mother, and to destroy any who prey on humans in the city's many dark alleyways. But the balance between high society and her private war is a delicate one, and as the fae infiltrate the ballroom and Aileana's father returns home, she has decisions to make. How much is she willing to lose - and just how far will Aileana go for revenge?
O QUE ACHEI:
Esse livro é uma mistura deliciosa de steampunk, Escócia histórica alternativa, fantasia, ação e romance! Eu achava que ia gostar, mas não podia imaginar que ia amar e me apaixonar pelos personagens e o universo logo no começo! Ainda tenho algumas críticas para ele, dá para ver em muitas coisas que é o primeiro livro da autora, mas tenho que admitir que essa história me conquistou e que estou louca para ler o segundo!

Minha primeira crítica aparece no começo da história e é uma das coisas que provam que esse é o primeiro livro que a Elizabeth May publicou. Como a história começa no meio já e não chegamos nunca a ver a Aileana antes de ela perder a mãe e começar a treinar, muita coisa teve que ser explicada. O problema foi o jeito que a autora usou para explicar. Nos primeiros capítulos do livro, tem bastante infodumps. E nem sobre os féericos, todas as explicações deles são bem entrosadas com a narrativa. São infodumps sobre a própria protagonista e o que aconteceu desde seu trauma até onde começamos na história, bem o tipo de coisa que poderia e deveria ter sido explicado mais sutilmente. Isso passa depois de um tempo, quando já não tem o que contar mais sobre ela. Outra crítica é que os diálogos às vezes são confusos. Ou seja, a protagonista às vezes tem reações que só podem ser explicadas por coisas que ela pensou e a autora não colocou na narrativa. Além disso, as cenas de ação, que na sua maioria são ótimas, às vezes também pulavam explicações super necessárias de como eram os lugares e como certos movimentos na luta foram possíveis. Admito que fiquei um pouco perdida às vezes, achando que certas coisas eram impossíveis, porque não conseguia imaginá-las sozinha sem qualquer explicação da autora. Na verdade, eu tenho outra crítica pequena que nem sei se deveria classificar como crítica. Os personagens desse livro são ótimos! Super admiro a Aileana e como ela gosta de matar féericos e como assume seus defeitos e suas habilidades. O Kiaran é tão apaixonante, que até eu amo ele (e raramente me apaixono junto, admito), com todo seu jeito de féerico incapaz de corresponder a esse sentimento tão humano! Sim, existe um apelo enorme nesse negócio de uma criatura imortal se apaixonar por uma humana e eu shippei os dois loucamente. O que é realmente esquisito, porque eu também shippei a Aileana com o Gavin durante um bom tempo, outro personagem ótimo que eu adoro! E, mais do que todos, meu favorito é o Derrick, que não é nenhum interesse romântico, mas deu uma descontraída maravilhosa na história e me fez querer adotá-lo! Tantos personagens incríveis juntos, com um toque de clichê, mas desenvolvidos à sua maneira a ponto de ficar original, não teve como eu não amar. E eu só percebi o que tinha de errado nisso quando os quatro ficaram juntos no mesmo cômodo. A Aileana é a única mulher. Ela tem uma melhor amiga, Catherine, mas ela só aparece de verdade mesmo logo no começo. Depois, ela dá uma desaparecida e deixa o enredo girar em volta só da Aileana e dos outros homens. Por um segundo, até achei que ela se tornaria parte do grupo e teria amado isso loucamente, principalmente se ela tivesse uma habilidade para algo que só ela pudesse fazer para ajudá-los. Gosto da ideia de uma garota super poderosa, mas não quando isso significa que todas as outras do mundo são inúteis e ela precisa se aliar somente a homens! Mas isso não vai me fazer esquecer dos personagens incríveis que eu já considero tanto e de tantas cenas interessantes e pequenos plot twists durante o livro, junto com um final incrível que me deixou ainda mais louca depois de ler a sinopse do segundo! Aliás, o romance do livro é feito direitinho, com calma e sem exageros, como segundo plano, sem roubar todo foco da missão, mas sem ser só uma menção aqui e ali. Amei! E realmente estou louca para ler o próximo!

E olha que nem acabaram as coisas incríveis que sinto que tenho que mencionar! Outra que eu amei foi a questão histórica. É uma Escócia alternativa, claro, já que não existiam "helicópteros" steampunk em 1844 (ou hoje em dia, né, os nossos são levemente mais modernos) ou as outras milhares de bugigangas incríveis que a Aileana construía, mas toda a parte histórica e seus detalhes são incríveis! O jeito que os personagens falam, as roupas e os costumes, tudo! Às vezes senti que a Aileana explicou as tradições um pouco demais para alguém da sua época, mas faz parte em um livro escrito hoje em dia. Às vezes também fiquei um pouco perdida na quantidade de detalhes mecânicos das construções dela, mas na maior parte das vezes eu consegui imaginar direitinho! Consegui, aliás, imaginar tudo tão direitinho que não sei como esse livro ainda não virou filme ou série ou qualquer coisa assim! É tudo tão visual, tão emocionante! Apoio um filme desses, já deixo claro! Principalmente porque as cenas de ação e luta são muitas e todas emocionantes! Estava com medo da autora dizer que a Aileana era caçadora de féericos para ter só uma ou duas cenas dela lutando contra eles, mas não! Tem várias e eu amo todas! Dá vontade de reler! Super recomendo esse livro para todo mundo que estiver interessado e espero que todos amem como eu!
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