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RESENHA: The Square Root of Summer (Hapgood, Harriet Reuter)

  • Foto do escritor: Laura Machado
    Laura Machado
  • 31 de jul. de 2019
  • 4 min de leitura

Sinopse: This is what it means to love someone. This is what it means to grieve someone. It's a little bit like a black hole. It's a little bit like infinity.


Gottie H. Oppenheimer is losing time. Literally. When the fabric of the universe around her seaside town begins to fray, she's hurtled through wormholes to her past:

To last summer, when her grandfather Grey died. To the afternoon she fell in love with Jason, who wouldn't even hold her hand at the funeral. To the day her best friend Thomas moved away and left her behind with a scar on her hand and a black hole in her memory.

Although Grey is still gone, Jason and Thomas are back, and Gottie's past, present, and future are about to collide—and someone's heart is about to be broken.

With time travel, quantum physics, and sweeping romance, The Square Root of Summer is an exponentially enthralling story about love, loss, and trying to figure it all out, from stunning debut YA voice, Harriet Reuter Hapgood.


Preciso dizer que eu não esperava nada desse livro. De todos os que andei comprando e lendo nesse último ano, ele tinha a menor nota no GoodReads. Na verdade, escolhi ler este livro agora, porque tinha acabado de sair de uma trilogia pesada e com um último livro que não me agradou em nada. Estava procurando um livro leve e descomplicado, que só servisse para passar o tempo, como uma comédia romântica.


E, não, esse livro não foi assim. Ele não foi bobo e simples o suficiente, comparado ao que eu estava procurando. Quer dizer, eu achava que era uma pequena metáfora essa ideia (na sinopse) de que estavam aparecendo buracos no universo e tals. Mas a história é literalmente sobre isso, sobre "falhas técnicas" do universo, com tantas incoerências que eu cheguei a pensar que a autora nunca iria explicar e dar um pouco de lógica para tudo (ela deu). Tenho que admitir que a ideia do livro é muito boa. Pegar uma hipótese da física e transformar em ficção. E, no final, lá para as últimas trinta páginas, tudo fez mais sentido e ficou relativamente bem explicado. Eu gostei bastante do final, achei bem interessante e preciso dizer que daria um ótimo filme. O problema é que o livro não pode ter um final bom e todo o resto que veio antes ser uma bagunça sem muito sentido. A impressão que eu tive é que a própria autora ainda não estava também completamente convencida da sua teoria e só chegou a sentir certa firmeza no que estava fazendo mais perto do final. Tudo antes é muito solto, eu não consegui me conectar com nada. É estranho até, porque a própria realidade da protagonista antes do universo começar a "ter falhas" não me pareceu firme o bastante para eu sentir uma mudança grande quando as coisas começaram a ficar complicadas, entende? Não foi um choque para mim, como deveria ter sido. Aliás, o único jeito de ter ficado interessante seria se eu sentisse o mundo antes como inabalável, não tão qualquer coisa que um pouco ou muito de incoerência não faria muita diferença. É bem difícil de explicar, e eu devo estar fazendo um péssimo trabalho, mas o fato é que, durante uns noventa por cento do livro, eu estava perdida demais. A história parece estar no meio de uma névoa. Entendo que a autora não queria explicar o porquê de tudo até o final, claro, mas é diferente você não entender o que está acontecendo de não entender o que está causando. Eu queria ter uma sensação um pouco mais forte de quem estava acompanhando até o que não era explicado. Mas, honestamente, se aparecesse um unicórnio no meio, eu não estranharia, já que, antes mesmo da metade, estava esperando qualquer coisa. Acho que esse livro poderia ter sido ótimo se a autora tivesse reescrito depois do final (às vezes ela reescreveu e nem adiantou), acho que faltou uma edição mais completa, que colocasse mais matéria mesmo entre os acontecimentos. Sinto como se estivesse um pouco drogada, tivesse sonhado toda essa história enquanto dormia em um hospital, completamente medicada (coisa que nunca aconteceu, vou deixar claro aqui). É bem triste pensar em quantas ideias interessantes e que têm várias ramificações para serem exploradas não chegam a se transformarem em livros bons. Essa, pelo menos, não me deu tanta raiva, porque eu provavelmente nem entendo todas as possibilidades dela, mas mesmo assim. Esse livro poderia ser brilhante, mas é só okay. Ainda existe a possibilidade de isso ter sido só pela autora não ser tão boa, mas vai saber. Esse não é o único defeito do livro, mas praticamente ofusca os outros. Quer dizer, os acontecimentos não têm muito impacto e os personagens são bem qualquer coisa. Muitas vezes, eu sentia que a personalidade deles era inconsistente, principalmente a do Thomas, o que é bem triste. Também tinha a impressão de que ele falava e percebia algumas coisas de um jeito um pouco feminino, o que estaria tudo bem se fosse coerente com os outros momentos dele. E a protagonista é um pouco chata, mas isso quase nunca me incomoda, principalmente quando é uma pessoa que está lidando com luto. Mas pode incomodar outros leitores. O romance, por outro lado, teve momentos ótimos, e outros um pouco sem química. Sim, esse livro foi confuso e inconsistente do começo a praticamente o fim.

De qualquer jeito, como eu disse, gostei do final, deu uma boa amarrada no resto, mesmo que talvez não o suficiente para ter feito tudo que veio antes ter valido completamente a pena. Acho que muita gente vai se incomodar com as questões de física e matemática de antes, porque, apesar de serem teorias interessantes, definitivamente não são divertidas e isso corta bastante o ritmo da história. Mas minha parte preferida é o jeito que a história lida com luto. Poderia ser melhor, poderia ser mais profundo, na verdade, mas ainda achei linda a relação da protagonista com o avô.

 
 
 

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