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RESENHA: Cidade dos Ossos (CLARE, Cassandra)

  • Foto do escritor: Laura Machado
    Laura Machado
  • 21 de jul. de 2017
  • 4 min de leitura

Sinopse: Clary Fray, 15 anos, decide passar a noite em uma boate muito conhecida em Nova York, e o maior de seus problemas provavelmente seria lidar com o ignorante segurança da porta, certo? Errado. Clary testemunha um crime, que só ela consegue ver.


Clary quer ligar para a polícia; quer gritar; quer chamar seu amigo, Simon, que ficou na boate enquanto ela teve a infeliz ideia de perseguir o menino bonitinho de cabelo Preto...Mas como explicar a eles que ninguém mais na rua enxerga os assassinos, apenas ela? Como provar que houve um crime se não há rastro algum do sangue do garoto morto — aliás, era mesmo um menino?


Mas ela nem tem tempo de tomar uma decisão; logo os assassinos se apresentam para a estranha mundana que não deveria vê-los, mas vê. Jace, Alec e Isabelle são Caçadores de Sombras, guerreiros cuja missão é proteger o mundo que conhecemos de demônios e outras criaturas sobrenaturais. Vampiros que saem da linha, lobisomens descontrolados, monstros cheios de veneno? É por aí mesmo. E depois desse primeiro contato com o Mundo de Sombras, e com Jace — um Caçador que tem a aparência de um anjo, mas a língua tão afiada quanto Lúcifer —, a vida de Clary nunca mais será a mesma.


Vou deixar uma coisa bem clara: só estou aqui por Malec. Tá, não é realmente verdade. Mas é uma grande parte da razão de eu querer ler essa série. Eu não tinha grandes expectativas para esse livro, principalmente para a escrita, então não posso dizer que fiquei decepcionada. Mas também não posso dizer que me surpreendi, nem um pouco, aliás. Dei uma estrela a mais do que deveria só porque, na verdade, acabei me divertindo! A melhor parte da história é o fato de que acontece bastante coisa o tempo todo. Então, mesmo que a escrita não tenha nada de especial, você nunca vai chegar a ficar entediado. No máximo, vai ficar frustrado. Primeiro, com a Clary. Ela é bem melhor do que eu esperava, tinha algumas respostas mais firmes, um pouco mais de atitude do que imaginava (isso, porque eu não imaginava nada). Mas ela vai de ser uma humana comum a aceitar todo o mundo deles em dois segundos, mal questiona ou fica realmente abalada por tudo que está acontecendo. Ela engata na aventura rápido demais, aceita tudo como verdade rápido demais. E não é só o mundo inteiro, é assim também com as coisas que as pessoas dizem. Uma pessoa conta para ela que algo aconteceu, na cena seguinte ela tá gritando sobre esse algo com outra pessoa como se tivesse certeza absoluta de que era verdade. Uma coisa é acreditar em alguém, outra é agir como se você tivesse presenciado. Falta bastante credibilidade nisso. O Jace foi uma surpresa agradável para mim, além dos outros personagens. Ele tem uma personalidade um pouco mais profunda que a Clary, é mais interessante do que parecia de começo. Seu único defeito é se quebrar por ela sem razão nenhuma, se deixar levar e se importar com ela do nada. A única personagem que foi criada mal foi a Isabelle. Que desserviço para todas as garotas do mundo, sério. Eu tinha expectativas enormes para ela, mas a Cassandra Clare só abusou do estereótipo de rivalidade entre mulheres, o que foi bem ridículo. Espero que isso melhore nos próximos livros. Já o Simon, ah, o Simon! Por que ele não é o protagonista mesmo? Por que ele não está em todas as cenas e todos os lugares? Por que ele não pode ter seis livros só sobre ele? Melhor pessoa! Ele também aceitou tudo rápido demais, mas pelo menos pareceu bem mais humano que a Clary. E o sarcasmo sempre rouba meu coração! (Faltam protagonistas sarcásticos no mundo, hein!) Uma das coisas que mais me irritou no livro inteiro, que pode realmente fazer alguém ficar frustrado, foram todas as milhares de explicações sobre esse mundo e todas as coisas que aconteceram antes. Se você tirar todas as páginas em que algum personagem está explicando coisas, não vai sobrar nem metade do livro. Desde o começo, logo que a Clary encontra o Jace, o Alec e a Isabelle, eles já se dispõem mais do que deveria ser o normal para explicar as coisas para ela! Nem eu tinha paciência para ouvir as explicações, por que eles tinham para dar? Não consigo me lembrar de nada nessa história que foi mostrado em vez de falado. Mas, como acho que uma grande razão disso tenha sido que a autora ainda estava tentando apresentar o mundo (e claramente não sabia fazer melhor que isso), eu aceito. Estou aqui torcendo para os próximos seis livros (ou onze, já que eu quero ler todos desse universo) não exijam tantas explicações que me fazem sentir que estou lendo um livro teórico.



Minha última crítica é todo o relacionamento da Clary com o Jace. É um instalove, sim, mas nem tanto. Isso não me incomodou, provavelmente porque eu relevei a parte em que é declarado que existe esse amor, considerei que o foco ainda era sua mãe e no máximo eles tinham uma queda um pelo outro. Mas aquele final, aquela descoberta (que eu até já sabia antes de ler - culpa de uma série de televisão absolutamente péssima) foi meio intragável. Parece um pouco novela, para falar a verdade. Me faz não ter a menor vontade de descobrir o que vai acontecer ou torcer para eles ficarem juntos. Sério, eu não me importo nem um pouco com o que vai acontecer com os dois. Fiquem juntos, não fiquem, não faz a menor diferença para mim. O único ship dessa história para mim é Malec, já falei, né? Minhas expectativas românticas são todas focadas neles. Já falei também que o Magnus é um dos melhores personagens do livro todo e mal aparece? Magnus e Simon, essas três estrelas são para vocês (mas mereciam cinco)!


Eu comecei mesmo a ter interesse por essa série depois que encontrei essa edição maravilhosa (e inglesa). Encontrei no site da Saraiva e, apesar de eles terem me dado um prazo de até dois meses, os livros chegaram em cinco dias! E entraram de vez para minha lista de leituras!


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