RESENHA: Mil Pedaços de Você (GRAY, Claudia)
- Laura Machado
- 14 de set. de 2016
- 3 min de leitura
Apesar de me considerar uma escritora de YA (young adult - jovens adultos), fazia bastante tempo que eu não encontrava uma história desse gênero que me agradasse. Mas aí eu tropecei nesse livro maravilhoso pelo Instagram e, depois de salvar as capas sem nem saber sobre o que se tratava e ficar as admirando o tempo todo, resolvi comprar e ler.

Antes de abrir na primeira página, eu já sabia que era exatamente o tipo de livro que queria que fosse meu. Queria que a ideia tivesse sido minha! Ele conta a história de uma menina que é filha de cientistas que inventaram um 'aparelho' chamado Firebird que possibilita a viagem entre dimensões.
Por que eu não tive essa ideia maravilhosa antes? Por quê? Nunca vou me perdoar.
Teoricamente, qualquer momento da nossa vida em que houve duas possibilidades, as duas aconteceram. Uma na dimensão em você vive e a outra em uma dimensão nova que foi criada por causa dessa escolha. Pode parecer bem complicado, mas não foi tanto para mim, que já conhecia essa teoria básica de dimensões diferentes. A história deixa alguns pequenos buracos nessa questão, mas acho que seria praticamente impossível não deixar com um assunto tão complexo. Ainda que tenha algumas críticas sobre o livro, essa não é uma delas.
Na história, a protagonista, Marguerite, usa o Firebird de seus pais para ir atrás de um colega deles que ela acha que matou seu pai. Ela vai atrás dele com um amigo, só por vingança. E isso é tudo que eu vou falar da sinopse.
Se alguém te disser que esse livro é cheio de ação, estão mentindo. Ou simplesmente nunca leram nada que tivesse realmente ação. Ele tem um pouco de aventura, mas nada que chegue perto de Harry Potter. O enredo é ótimo e o clímax é maravilhoso! Até eu, que sou bem difícil de impressionar, fiquei surpresa! Realmente amei o desfecho! E o romance é de tirar o fôlego! Me fez chorar em algumas partes!
Existem só três coisas que eu considero pontos negativos sobre o livro. A primeira é que a autora pareceu querer criar um triângulo amoroso que era completamente desnecessário e nunca conseguiu realmente se estabelecer durante o desenvolvimento. Eu até esqueci que ele existia.
A segunda é que ela, como muitos autores de YA hoje em dia, deixou muito a desejar na criação da protagonista. Juro que não consigo entender o porquê disso! Por que fazer a protagonista com uma personalidade tão maleável? Tão genérica e mutável? Você chega ao final do livro sem entender direito os defeitos e as qualidades dela, só sabendo de uma ou duas coisas das quais ela gosta. Às vezes acho que é porque, assim, os leitores se identificam mais com ela. Mas às vezes acho que é porque nós temos mesmo a tendência de dar mais profundidade em personagens masculinos do que femininos. Os caras desse livro são super complexos e interessantes. Só queria uma protagonista assim!
E meu último ponto negativo é que houve algumas situações que não bateram com a proposta do livro. Por exemplo, em um momento específico, a protagonista tinha uma certa urgência para conseguir algo. Ao invés de ir atrás disso, ela tentou do jeito mais preguiçoso do universo e desistiu em seguida. Deu para ver que esse foi o único jeito que a autora encontrou de prendê-la em uma dimensão só para conseguir desenvolver as próximas cenas que queria. Ficou forçado e desnecessário, tirando um pouco da credibilidade da história.
De zero a cinco, definitivamente dou a essa história 3 e meio. E isso para mim é bastante!
Este livro é só o primeiro de uma trilogia, mas ele é bem fechadinho e você não precisa ler o segundo ou o terceiro (que vai lançar no final desse ano!) para entender! A história do primeiro livro é finalizada nele mesmo. E, se você consegue ler em inglês, a autora tem um perfil no Wattpad e um conto extra publicado! Se quiser ver, está aqui. Mas só leia depois de terminar o primeiro livro! Tem bastante spoiler nele!

Se você já leu, quero saber sua opinião!
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